Apresenta o que
se chama de oração subordinada: aquela que exerce função sintática em
relação a outra dita oração principal. As orações subordinadas,
dependendo da função sintática que exercem, podem ser:
Substantivas: Mostram-se como “um
pedaço” que falta à oração principal. Têm valor sintático de um substantivo,
por isto podem ser:
Subjetivas: Funcionam como
sujeito da oração principal.
Exemplos: É bom/vires
à aula hoje. Espera-se/que haja aula hoje.
Objetivas
diretas:
Funcionam como objeto direto do verbo da oração principal.
Exemplo: Os
alunos sabem/que houve aula.
Objetivas
indiretas:
Funcionam como objeto indireto do verbo da oração principal.
Exemplo: Necessitamos/de
que voltes hoje.
Completivas
nominais:
Funcionam como complementos nominais, presas por preposição a um nome constituinte
da oração principal.
Exemplos: Temos certeza/de
que haverá aula hoje.
Nota: Não há
possibilidade de confusão entre as orações objetivas indiretas e as completivas
nominais. Estas têm a preposição regida por um nome (substantivo, adjetivo,
advérbio), aquelas têm a preposição regida por um verbo.
Predicativas: Funcionam como
predicativo do sujeito da oração principal. Sucedem, normalmente, ao verbo de
ligação ser, quando o sujeito a ele estiver anteposto.
Exemplo: A
miséria é/que existem pobres no mundo.
Nota: Há grande
problema na decisão da oração predicativa, já que se pode confundir com uma
subjetiva. Preferimos achar que o antecedente do verbo ser lhe seja o
sujeito; consequentemente, o termo seguinte é predicativo do sujeito.
Apositivas: Funcionam como
aposto enumerativo, relativamente à oração principal.
Exemplo: A única
verdade é esta:/que todos morreremos.
Adjetivas: Orações
caracterizadoras, introduzidas por um pronome relativo — ou por um advérbio relativo:
como, onde, quando — através de que fazem referência ao
termo antecedente na oração principal.
As orações
adjetivas evitam a repetição do antecedente na nova oração.
Exemplo: Não
encontramos a mulher. A mulher havia fugido da sala. = Não
encontramos a mulher/que havia fugido da sala.
As orações
adjetivas podem ser explicativas — quando dispensáveis ao sentido total
do período — ou restritivas — quando indispensáveis à razão do período.
Nota: O pronome
relativo sempre exerce uma função sintática na oração subordinada adjetiva.
Adverbiais: Exercem a função
sintática de adjuntos adverbiais, expressando as seguintes circunstâncias em relação
à oração principal:
Causa: Morreu/porque
bebeu veneno. (adverbial causal)
Consequência: Chorou tanto/que
amanheceu com olhos inchados. (adverbial consecutiva)
Condição: Desde que
te formes,/ terás bom emprego. (adverbial condicional)
Comparação: Ela é tão
exuberante/quanto a mãe. (adverbial comparativa)
Concessão: Embora
esteja apavorada,/mostra-se valente. (adverbial concessiva)
Conformidade: Faça a lição/conforme
lhe ensinei. (adverbial conformativa)
Temporalidade: Mal cheguei
a casa,/ ela começou a discussão. (adverbial temporal)
Finalidade: Estamos aqui,/a
fim de trabalhar muito. (adverbial final)
Proporcionalidade: O homem
progride,/ à medida que estuda. (adverbial proporcional)
Notas:
1. Todas as orações
subordinadas podem ser chamadas reduzidas: não apresentando conjunção e
tendo o verbo numa forma nominal — infinitivo, gerúndio ou particípio. As reduzidas
podem passar a desenvolvidas, caso se empregue um conectivo e se conjugue o
verbo que está em forma nominal.
2. As palavras que
e se, quando introduzem orações subordinadas substantivas, chamam-se
conjunções integrantes.
3. Embora a NGB não
registre, há orações subordinadas:
Substantiva
agente da passiva: O
relatório foi feito/por quem tem capacidade.
Adverbial
locativa: Sempre
fico onde posso meditar.
Adverbial modal:
Rolou/como
uma pedra.
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