O Parnasianismo nada
mais é do que o Realismo/Naturalismo na poesia. De modo geral, o Naturalismo e o Parnasianismo fazem parte do Realismo, sendo que o Naturalismo é um Realismo mais
científico e o Parnasianismo é o Realismo na poesia. Os três movimentos
aconteceram na mesma época.
Ao
contrário dos românticos do Romantismo (que eram movidos pelo excesso de
sentimentos e de emoções), os poetas do Parnasianismo gostavam da linguagem
rebuscada e racionalista, ou seja: eles gostavam da poesia mais
elaborada.
São
características da poesia parnasiana: preocupação com a forma, vocabulário culto e
formal, objetivismo, apego à poesia clássica (com referências à mitologia grega
e romana), a "arte pela arte" (compara a poesia como escultura,
pintura ou qualquer outra arte), o gosto pela descrição (poesias que descrevem
os fatos, as cenas, os objetos).
Exemplo
de poesia parnasiana:
Vaso Grego (Alberto de
Oliveira)
Esta de áureos relevos,
trabalhada,
De divas mãos, brilhante
copa, um dia,
Já de aos deuses servir
como cansada,
Vinda do Olimpo, a um
novo deus servia.
Era o poeta de Teos que o
suspendia
Então, e, ora repleta ora
esvasada,
A taça amiga aos dedos
seus tinia,
Toda de roxas pétalas
colmada.
Depois... Mas, o lavor da
taça admira,
Toca-a, e do ouvido
aproximando-a, às bordas
Finas hás de lhe ouvir,
canora e doce,
Ignota voz, qual se da
antiga lira
Fosse a encantada música
das cordas,
Qual se essa voz de
Anacreonte fosse.
Observe
que: o vocabulário é bem rebuscado e
formal (busca pela perfeição estética), não existe o sentimentalismo dos
românticos (a poesia é descritiva, objetiva e racional), há diversas
referências à cultura e à mitologia clássica ("aos deuses servir", "vinda
do Olimpo", "Teos", "Anacreonte"), "arte pela
arte" (a poesia é tratada como o vaso; o vaso representa a poesia).
Principais Poetas do Parnasianismo: Olavo Bilac,
Alberto de Oliveira e Raimundo Correia.
Outras
informações: a
poesia parnasianista foi o principal tipo de poesia do século XIX. Isso
significa que a poesia só era considerada poesia de verdade se ela tivesse as
características parnasianas (busca pela perfeição estética, formalidade,
vocabulário culto, etc).
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