O que é?
Você viu que o Trovadorismo foi o período de produção literária da Idade
Média marcado pelas cantigas, que eram cantadas (acompanhadas de música).
Da cantiga para a poesia palaciana
Depois de um tempo, as cantigas deixaram de existir e foram substituídas por poesias mais elaboradas, que deixaram de ser cantadas e passaram a ser escritas. Essas poesias se restringiam aos palácios e às pessoas mais nobres e cultas. Por isso, esse tipo de poesia era chamado de poesia palaciana. Ou seja: no Trovadorismo, as poesias eram cantadas (cantigas) pelos trovadores. No Humanismo, a poesia deixou de ser acompanhada de música e ficou mais elaborada e mais culta (poesia palaciana).
Período de Transição
O Humanismo também é o
período da história da Literatura Portuguesa situado entre a Idade Média e a
Idade Moderna (Renascimento). O que vemos aqui é um momento onde o ser humano
procura se valorizar mais, ou seja: o Teocentrismo (Deus no
centro de tudo) e o domínio da Igreja Católica são substituídos pelo Antropocentrismo (o
homem no centro de tudo). É uma época de grandes avanços científicos (destaque
para Galileu, que provou a teoria heliocêntrica, dizendo que o sol é o centro
do sistema planetário) e, assim, o homem passa a ser mais racional (Racionalismo).
Tipos de textos escritos no
Humanismo:
Poesia Palaciana (Poesia Lírica): como nós já vimos, é uma poesia
mais elaborada do que as cantigas do Trovadorismo. É caracterizada por:
redondilhas (maior e menor), ambiguidades, aliterações, assonâncias, figuras de
linguagem. A visão da mulher continua sendo idealizada, porém existe mais
sensualidade e intimidade. Os sentimentos do eu-lírico são mais aprofundados.
Crônicas de Fernão Lopes (Prosa): Crônicas que relatavam os
acontecimentos históricos de Portugal. Fernão Lopes soube conciliar os fatos
históricos às técnicas de narração com qualidade literária.
Suas principais obras foram: "Crônica
d’El-Rei D. Pedro", "Crônica
d’El-Rei D. Fernando" e "Crônica d’El-Rei D. João I".
Gil Vicente (teatro): início do teatro leigo (desvinculado do
teatro cristão). Teatro rústico e primitivo, que critica o homem e os seus
costumes com o propósito de reformá-los (teatro moralizante e
reformador). Destaques: Auto da Barca do Inferno, Auto da
Lusitânia, Farsa de Inês Pereira.
Esclarecendo: os autos são peças
teatrais que abordam principalmente a temática religiosa. Já as farsas são
peças de caráter cômico. São mais curtas e são baseadas no cotidiano.
Portanto, de modo geral, podemos destacar esses três aspectos no Humanismo: Gil Vicente (teatro moralizante que critica a sociedade), Poesia Palaciana (mais sensual e elaborada do que as cantigas do Trovadorismo) e Fernão Lopes (crônicas históricas com qualidade literária).
Portanto, de modo geral, podemos destacar esses três aspectos no Humanismo: Gil Vicente (teatro moralizante que critica a sociedade), Poesia Palaciana (mais sensual e elaborada do que as cantigas do Trovadorismo) e Fernão Lopes (crônicas históricas com qualidade literária).
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