A Cartilha do Participante do candidato ao Enem 2016 traz, pela primeira vez, textos de três edições do exame – 2013, 2014 e 2015 – que obtiveram nota mil, isto é, a nota máxima, na prova de redação e com comentários com os motivos que levaram a banca corretora a dar tais menções.
Na última versão de um documento como esse (veja), há anos atrás, havia exemplos de dissertações-argumentativas que obtiveram nota mil, porém não havia um texto com comentários que acompanhasse cada uma das redações expostas.
Com a proximidade do Enem 2016, que será realizado nos dias 05 e 06 de novembro, pensamos ser adequado analisar um dos textos comentados na Cartilha do Participante do Enem 2016 e analisar também os comentários sobre o mesmo. Optamos por analisar um texto da última edição da prova de redação do Enem cujo tema foi “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”.
Redação de LAIANE DA SILVA CARVALHO
Escola pública de Valença – BA
Mesmo com a vigência da Lei Maria da Penha, com a criminalização do feminicídio na última década, o aumento percentual do número de mulheres vítimas de homicídio no Brasil persiste. Tipificada pela violência física, moral, psicológica ou sexual, a violação dos direitos femininos tem suas raízes em construções sociais e culturais, incorporadas como legítimas, que precisam ser desfeitas, pois, do contrário, o ideal de indistinção no gozo dos direitos fundamentais do cidadão não se consolidará.A crença na subalternidade femina é construída socialmente. A filósofa Simone de Beauvoir corrobora isso ao afirmar que “ninguém nasce mulher, torna-se mulher”. Os dizeres de Beauvoir revelam como a associação da figura feminina a determinados papéis não é condicionada por características biológicas, mas por pré-determinações sociais. Seguindo essa linha de pensamento, é usual , por exemplo, que mulheres que exerçam profissões tradicionalmente associadas a homens, como a de motorista, sofram preconceito no ambiente de trabalho e sejam violentadas psicologicamente.Além disso, a continuidade de práticas violentas contra a mulher é favorecida pelo que o pensador Pierre Bourdieu definiu como violência simbólica. Nesse tipo de violência, a sociedade passa a aceitar como natural as imposições de um segmento social hegemônico, neste caso, o gênero masculino, causando a legitimação da violação de direitos e/ou da desigualdade. Nesse contexto, urge a tomada de medidas que visem mitigar a crença de que as mulheres são inferiores. Para isso, cabe à sociedade civil organizada, o terceiro setor, a realização de palestras que instruam acerca da igualdade entre os gêneros. Ao poder público, cabe instituir a obrigatoriedade de participação masculina em fóruns, palestras e seminários que discorram acerca da importância do respeito às mulheres.Procedendo-se assim, casos como o da francesa Olympe de Gouges, guilhotinada na Revolução Francesa por exigir direitos femininos, ficarão apenas como o símbolo de um passado em que os Direitos Humanos não eram para todos.
Laiane, estudante de uma escola pública do estado da Bahia, inicia seu texto afirmando que apesar da criação da lei Maria da Penha e da criminalização do feminicídio (assassinato pela motivo de a vítima ser uma mulher), o percentual de homicídios de mulheres no Brasil persiste, além da violência contra a mulher de um modo geral, tipificada pela violência física, verbal, sexual e psicológica. Sem ao menos terminar a sua introdução, a candidata sintetizou toda a coletânea de textos motivadores da proposta de redação do Enem 2015, já que os infográficos apresentados abordavam os índices da violência contra a mulher em cada uma de suas designações e os números relativos a lei Maria da Penha.
Em seguida, Laiane constrói sua tese, afirmando que a violação dos direitos das mulheres, pautada em por construções sociais e culturais, deve acabar, pois, ao contrário, o pleno aproveitamento dos direitos fundamentais do cidadão não será possível, ou seja, ela coloca as mulheres brasileiras como cidadãs, parte da sociedade.
Ao longo de todo o texto, a candidata mostra-se conhecedora da Filosofia, pois cita a filósofa Simone de Beauvoir – e a sua frase utilizada em uma questão do caderno de questões de Humanidades – e o pensador Pierre Bourdieu, além de expressar que consegue, e o faz muito bem – relacionar tais autoridades e o tema com fatos históricos, como na conclusão quando retoma o assassinato por guilhotina de Olympe de Gouges, francesa que lutava, na Revolução Francesa, pelos direitos femininos.
No primeiro parágrafo do desenvolvimento, Laiane explica o que Simone de Beauvoir quis dizer ao afirmar que “ninguém nasce mulher, torna-se mulher”: não há tanta importância o sexo biológico e sim as construções sociais, históricas e culturais, o que alguns fundamentalistas não conseguem entender (ou fingem não entender) em relação às questões ligadas à identidade de gênero de mulheres e de homens, diga-se de passagem.
Como estratégia argumentativa, a candidata dá como exemplo o preconceito sofrido por mulheres que exercem profissões tidas masculinas, como motorista, e lembra da violência psicológica sofrida por estas mulheres.
No segundo parágrafo do desenvolvimento, Laiane explica os motivos pelos quais a violência contra a mulher ainda persiste no Brasil, invocando o conceito de “violência simbólica” de Pierre Bourdieu: há uma aceitação dessa violência, o que podemos relacionar à cultura do estupro tão discutida atualmente no país. Neste contexto, a candidata elabora sua proposta de intervenção social, convocando a sociedade organizada e o terceiro setor a realizarem palestras que orientem a população em relação à igualdade de gênero. E, ao poder público, caberia instituir a obrigatoridade da participação dos homens em fóruns sobre os direitos das mulheres.
A nossa análise recaiu mais sobre o conteúdo da dissertação-argumentativa da Laiane – a quem parabenizamos!- e a análise da Cartilha do Candidato do Enem 2016 aborda mais questões técnicas, como o cumprimento das cinco competências. Como podemos ver, o domínio da norma culta da língua é excelente, a candidata escreveu uma dissertação-argumentativa dentro da estrutura clássica do gênero e mostrou argumentos consistentes, baseados em conhecimento de Filosofia, História e Sociologia, fundamentando-os em exemplos de anos atrás e atuais e elaborou uma proposta de intervenção social viável, verossímil e detalhada.
Além disso, trata-se de uma redação coesa e coerente, com o uso adequado de um leque variado de conectivos – conjunções e locuções conjuntivas – que estruturam muito bem a paragrafação do texto.
Fonte: InfoENEM
Com o Enem se aproximando, precisamos nos lembrar de alguns detalhes de concordância verbal e nominal, para não ocorrerem deslizes na redação. E como tenho um aluno, muito engraçadinho, chamado Wesley, foi inevitável a associação, pelos colegas, com o cantor popular, o que me deu o assunto para o artigo de hoje: o que fazemos com o verbo, quando o sujeito apresenta percentuais?
Vejamos o que fez o cantor popular, na música “Aquele 1%”:
Apesar de questionável o comportamento do eu-lírico, a concordância está correta! Vejamos agora o que fez a dupla Maiara e Maraísa, num momento de fossa, bebendo no bar:
Pois é… além do consumo de bebida alcoólica não melhorar a situação, a conta do bar vai aumentando, mas cuidado: os 10% AUMENTAM!
Quando a expressão que indica porcentagem não é seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o número, como na música do Wesley e nos exemplos abaixo:
Já quando o sujeito é formado por uma expressão que indica porcentagem seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o substantivo.
Vejamos alguns exemplos retirados de textos jornalísticos:
Pode haver necessidade de ajustar também a concordância nominal e o gênero e número desse determinante do percentual também devem ser observados. Veja:
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Limites entre estética e
saúde
Academia,
dietas, cirurgias plásticas, anabolizantes etc. É grande a busca pelo corpo
perfeito caracterizado por um padrão de beleza. Mas até que ponto a estética
coincide com hábitos saudáveis? Conhecem-se muitas doenças causadas por
insatisfação corporal como anorexia, bulimia, depressão, compulsão alimentar e
obesidade, além de consequências no convívio social como discriminação e baixa
autoestima.
Conceito de família no
século XXI
O
projeto de Lei 6583 de 2013 cria o Estatuto da Família. Nesse texto, família é
definida como união entre homem e mulher. A partir disso, muitas discussões têm
sido feitas sobre o conceito de família atualmente, com o intuito de refletir
sobre famílias formadas por mães ou pais solteiros, avós e tios, casais
homossexuais, poligamia etc.
Escândalo e corrupção na
FIFA
Nos
últimos meses a mídia noticiou sobre a prisão de diversas pessoas ligadas a
FIFA e os esquemas de corrupção, na copa que foi realizada no Brasil e nas duas
próximas. É bom ficar atendo a isso!
Corrupção na Petrobras
Apesar
de estar na mídia, é menos provável mas perfeitamente possível cair este tema
na redação do ENEM. Foi a notícia de início de toda a polêmica crise no Brasil
e é um tema muito quente, que figura todos os dias na mídia.
PEC das Domésticas
No
ano em que a CLT completa 70 anos, foi aprovada a PEC das domésticas que entre
outras coisas garante horas extras e Adicional Noturno para estes
trabalhadores. Um tema bastante polêmico. De um lado os patrões que precisam
dos serviços mas não tem como pagar a mais para as trabalhadores e outro as
domésticas que necessitam de mais direitos.
Posso
dizer que neste caso temos que ter alguma exceção na LEI, pois as domésticas
não prestam um serviço com fins lucrativos com um funcionário em uma loja, por
exemplo, por isso acredito que deveria se pagar menos de encargos para estes
profissionais. mas isso é assunto para muita conversa. Vale a pena ler um pouco
sobre o assunto e ficar por dentro, pois pode ser um possível tema de redação
do ENEM.
Mais Médicos
Não
é de hoje que este assunto está na mídia. É o governo tentando tapar o sol com
a peneira, trazendo mais médicos de outros países, pagando valores absurdos e
não dando as condições de trabalho.
Fazendo
uma comparação muito básica, é como trazer mais pedreiros e não dar a eles
cimento, areia e tijolos para construir as paredes. É isso que nosso governo
faz trazendo médicos estrangeiros, e os colocando em hospitais ou postos sem
estrutura para atender a população!
Novos Modelos de
Educação no Brasil
O
Brasil possui em pauta novos modelos de educação no século XXI. Tudo isto se
deve as novas tecnologias e acessos à educação e informação, muito mais fáceis
de encontrar no mundo web. Tudo isto está retratado no polêmico documentário
“Quando sinto que já sei”.
Trânsito em grandes
metrópoles
As
metrópoles têm visto o trânsito piorar a cada dia e com o passar dos anos os
problemas só aumentam. Veja alguns
pontos podem ser abordados nessa temática: transporte público, greves, o preço
da passagem, o passe livre para estudantes, faixa exclusiva para o transporte
coletivo, ciclovias, poluição sonora, transporte público individual, os
aplicativos para contratação de transporte, a quantidade de carros nas
estradas, a infraestrutura viabilizada pelo governo.
Liberdade de Expressão e
Mídia
Este
tema se torna cada dia mais comentado, devido a popularização da internet, as
formas de expressão e de liberdade de imprensa tem sido muito discutidas,
principalmente após o ataque terrorista à revista francesa Charlie Hebdo. Os
limites entre liberdade de expressão e respeito também podem ser abordadas.
Desigualdade Étnica e de
Gênero
O
Brasil é um dos países mais desiguais, em muitos aspectos, a étnica e a de
gênero costumam ser as mais discutidas, assim como os preconceitos gerados por
essa situação, respectivamente, racismo e machismo.
Intolerância Religiosa
O
ataque à revista Charlie Habdo pode exemplificar bem essa questão. A
intolerância religiosa é grande no Brasil e em outros países. Ao debater esse
tema, precisamos lembrar que o Estado é laico e deve respeitar os diferentes
tipos de crenças e rituais religiosos, podendo destacar, no caso do Brasil, o
preconceito com religiões de origem africana.
Ativismo em Redes
Sociais
As
redes sociais têm sido usadas para marcar protestos, para questionar projetos
de leis polêmicos e reivindicações têm sido feitas através de abaixo-assinado
online. Essa é uma nova forma de participação política.
Voluntariado e
Transformações Sociais
Hoje
em dia o pensamento de voluntariado como assistencial já não faz mais tanto
sentido, a mudança tem sido em relação a uma tentativa de mudança social,
através de medidas inclusivas e de impacto. Outro ponto a ser considerado é a
valorização que as empresas fazem de candidatos e funcionários que realizam
trabalhos voluntários.
5 Dicas para a redação
do Enem
Se
o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é considerado o maior vestibular do
País, a prova de redação é a mais esperada e comentada do Exame. Temida por
muitos, em parte pelo risco de zerar, em parte pela surpresa do tema, a redação
vem ganhando importância a cada ano, acompanhando a relevância do Enem para a
vida dos estudantes brasileiros.
O
Enem foi criado em 1998 para avaliar a qualidade do ensino médio. Desde então,
passou por uma série de modificações e hoje em dia é usado como porta de
entrada para a faculdade. Vários programas do Governo Federal de acesso ao
ensino superior exigem um bom desempenho no Enem para concorrer a uma vaga e a
prova de redação é um dos requisitos.
O
Programa Universidade para Todos (ProUni), o Sistema de Seleção Unificada
(Sisu) e o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), por exemplo, exigem que o
candidato tenha nota maior que zero para participar. Mas não basta apenas não
zerar na redação para conseguir entrar em um desses programas. Isso porque,
além de representar uma pontuação importante no Enem, a prova de redação é o
primeiro critério usado para desempate em todos esses processos seletivos.
Conheça cinco dicas
imperdíveis para conseguir uma boa nota na redação do Enem!
1.
Conheça o modelo de redação pedido no Enem
O
modelo de redação pedido no Enem é o dissertativo-argumentativo em prosa. O
objetivo dessa redação é convencer ou tentar convencer o leitor por meio da
formulação de uma tese ou ponto de vista. O candidato precisa defender essa
tese usando argumentos consistentes e concluir o texto com a elaboração de uma
proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos.
O
estilo dissertativo-argumentativo de redação exige que o conteúdo seja coerente
com a realidade e, para ser considerado pelos corretores, o texto precisa estar
dentro do tema proposto.
2.
Entenda como trabalhar o tema da redação
O
tema da redação do Enem é um segredo guardado a sete chaves e os participantes
do Exame só ficam sabendo sobre qual assunto irão escrever na hora da prova.
Normalmente
são assuntos complexos, de impacto nacional. Veja alguns dos temas de redação
pedidos em edições recentes do Enem:
2009:
O indivíduo frente à ética nacional
2010:
O trabalho na construção da dignidade humana
2011:
Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado
2012:
O movimento imigratório para o Brasil no século XXI
2013:
Os efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil
2014:
Publicidade Infantil em questão no Brasil
No
caderno de prova do Enem o assunto da redação não aparece apenas como um
“título” a ser desenvolvido. O tema é determinado por meio de “textos
motivadores”, que podem ser trechos de livros, jornais, revistas, publicidades
e até mesmo charges e desenhos em quadrinhos.
Para
seguir o tema corretamente, é importante ler com cuidado esses textos
motivadores e, em seguida, desenvolver seu próprio texto. Os textos motivadores
não precisam e nem devem ser copiados na sua redação.
3.
Saiba quais competências são avaliadas
Os
corretores da redação do Enem avaliam cinco competências. Cada uma delas vale
200 pontos e quem conseguir demonstrar um excelente domínio de todas ganha a
nota máxima: 1.000 pontos.
Conheça as cinco
competências avaliadas na redação do Enem:
Competência 1 -
“Demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita”
Envolve
os seguintes seguintes requisitos:
precisão
vocabular
obediência
às regras gramaticais de concordância nominal e verbal
regência
nominal e verbal
pontuação
flexão
de nomes e verbos
colocação
de pronomes átonos
grafia
das palavras
acentuação
gráfica
emprego
de letras maiúsculas e minúsculas
divisão
silábica na mudança de linha (translineação)
Competência 2 -
"Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos de várias
áreas do conhecimento para desenvolver o tema dentro dos limites estruturais do
texto dissertativo-argumentativo"
Esta
competência significa não fugir do tema, falar dele com a profundidade adequada
e respeitar o modelo de redação solicitado, usando argumentos consistentes.
Entre as estratégias de argumentação que podem ser usadas, podemos citar:
exemplos
dados
estatísticos
pesquisas
fatos
comprováveis
citações
ou depoimentos de pessoas especializadas no assunto
alusões
históricas
comparações
entre fatos, situações, épocas ou lugares distintos
Competência 3 - “Selecionar, relacionar, organizar
e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto
de vista"
Trata-se
de escrever um texto inteligível, claro, objetivo e coerente.
Competência 4 - "Demonstrar conhecimento dos
mecanismos linguísticos necessários à construção da argumentação"
Nessa
competência os corretores avaliam aspectos como:
encadeamento
de ideias
colocação
de parágrafos
estrutura
das frases
uso
de pronomes, verbos, advérbios, etc.
Competência 5 - "Elaborar proposta de
intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos"
Ao
final da redação dissertativo-argumentativa do Enem, o candidato precisa
apresentar uma solução para o problema exposto no tema. Essa proposta tem de
ser clara o suficiente para que o leitor a compreenda, deve ser de possível
execução e não pode ir contra os direitos humanos.
4.
Pratique muito!
Praticar
a redação do Enem não tem mistério. Você precisa escrever. Uma boa forma de
praticar a redação é consultar os cadernos de prova de anos anteriores e
elaborar um texto seguindo o tema proposto para aquele ano.
A
orientação de um profissional, nesses casos, é fundamental. Se ainda estiver
cursando o ensino médio, ou fazendo cursinho, aproveite para mostrar suas
redações ao professor. Ouça com atenção os comentários dele e, se for o caso,
refaça seu texto até acertar.
Esteja preparado no dia da prova
A
primeira coisa que você precisa saber é que no dia da prova você terá uma hora
para resolver a prova de redação. Esse tempo inclui:
Ler
os textos motivadores.
Escrever
seu texto na folha de rascunho.
Revisar
o texto de rascunho.
Passar
a redação a limpo para a folha de redação.
Lembre-se de:
Ler
os textos motivadores com atenção para compreender o tema proposto.
Refletir
sobre o tema, definir o seu ponto de vista e os argumentos que usará para
defendê-lo.
Elaborar
uma proposta de intervenção social para o problema que respeite os direitos
humanos.
Usar
o português escrito correto, formal, cuidando da gramática, ortografia,
concordância e estrutura das frases.
Usar
vocabulário rico e apropriado.
Fazer
o rascunho na folha apropriada.
Revisar
a redação para checar se os tópicos estão coerentes, se não faltam ou sobram
palavras, se a estrutura está correta.
Passar
o texto a limpo na Folha de Redação.
O que você não pode
fazer:
Deixar menos de uma hora
para fazer a redação.
Usar gírias.
Usar qualquer tipo de
xingamento, palavrão, manifestações de racismo ou preconceito, pois são motivos
de zero na redação.
Deixar de passar a
redação a limpo na folha de redação, pois a folha entregue em branco significa
nota zero (os avaliadores não corrigem rascunhos do caderno de prova).
Escrever menos de sete
linhas.
Fugir do tema.
Copiar trechos dos
textos motivadores.
(Fonte:
http://www.mundovestibular.com.br/)
Dicas para se dar bem na redação do ENEM
· TEMA: Interprete a proposta com o máximo de atenção a cada detalhe, para não cometer desvios e falhas de abordagem.
· COLETÂNEA: Leia os textos para extrair as principais ideias, sem fazer cópias.
· PLANEJAMENTO: Construa um roteiro completo, com todos os argumentos e etapas do raciocínio.
· CRIATIVIDADE: Invista em título, introdução e conclusão diferenciadas, que despertem a atenção do examinador.
·CONCISÃO: Priorize clareza, organização e simplicidade no desenvolvimento.
·ARGUMENTAÇÃO: Use argumentos e referências que envolvam conhecimentos de outras disciplinas e atualidades.
·SOLUÇÃO: Apresente propostas específicas e aplicáveis, sempre em sintonia com as causas do problema.
·REVISÃO: Revise atentamente a redação, a fim de minimizar erros e repetições excessivas de palavras.
·LETRA: Seu texto deve ser legível o suficiente para uma correção on-line.
·TEMPO: Treine para gastar cerca de 1h na redação.
Então, vamos treinar:
· COLETÂNEA: Leia os textos para extrair as principais ideias, sem fazer cópias.
· PLANEJAMENTO: Construa um roteiro completo, com todos os argumentos e etapas do raciocínio.
· CRIATIVIDADE: Invista em título, introdução e conclusão diferenciadas, que despertem a atenção do examinador.
·CONCISÃO: Priorize clareza, organização e simplicidade no desenvolvimento.
·ARGUMENTAÇÃO: Use argumentos e referências que envolvam conhecimentos de outras disciplinas e atualidades.
·SOLUÇÃO: Apresente propostas específicas e aplicáveis, sempre em sintonia com as causas do problema.
·REVISÃO: Revise atentamente a redação, a fim de minimizar erros e repetições excessivas de palavras.
·LETRA: Seu texto deve ser legível o suficiente para uma correção on-line.
·TEMPO: Treine para gastar cerca de 1h na redação.
Então, vamos treinar:
LEITURA
E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS E GÊNEROS E TIPOS DE TEXTO
Compreensão
e Interpretação de Textos
Para
expandir a capacidade de compreensão e, principalmente, de interpretação, é
importante acostumar-se à leitura, seja de um texto ou um objeto, figura ou
fato.
Ao
se ler algo, deve-se notar aspectos particulares que permitam associar o
elemento da leitura ao tempo e a acontecimentos, destacar o essencial e o
secundário relacionando-o a outros já lidos.Semanticamente, o elemento da
leitura encerra em si todas as indagações, permitindo uma análise e oferecendo
os subsídios da resposta. Compreender um texto é entender o seu sentido;
apreender a situação, o fato, a narração, a tese a nós expostos. Interpretar um
texto é conseguir desenvolver em outras palavras a ideia do texto, é, portanto,
parafraseá-lo ou reescrevê-lo. Para se interpretar bem um texto, é de suma
importância uma boa leitura. Para se entender um texto é necessária uma leitura
atenta, em que se notem as suas sutilezas e superficialidades. É conveniente
marcar as ideias principais e estar atento as entrelinhas, aos detalhes e a
todo o contexto.
Paráfrase:
é o desenvolvimento ou citação de um texto ou parte dele, com palavras
diferentes, mas de igual significação. Não há alteração da ideia central.
Perífrase:
é um circunlóquio, um rodeio de palavras; a exposição de ideias é feita
usando-se de muitas palavras. Usam-se mais palavras do que o texto original,
isto é, usam-se mais palavras que o necessário.
Intertextualidade:
é a relação entre dois ou mais textos, cujo tema seja o mesmo, porém tratado de
forma diferente.
Síntese:
é uma resenha, que é feita utilizando-se das palavras do texto. Aparecem apenas
as ideias principais.
Resumo:
é uma representação do texto em que só aparecem as ideias principais, não é
necessário que seja com as mesmas palavras do texto.
Inferência:
é uma informação que não está no texto, mas sim fora dele; está nas entrelinhas
ou exige um conhecimento extra textual.
Tipologia
Textual
Descrição:
ato de descrever características.
Pode
ser: Objetiva: descrição com caráter
universal.
Subjetiva:
descrição com caráter particular, pessoal.
Técnica:
descrição com caráter próprio de um ofício, profissão.
Narração:
é o relato de um fato, de um acontecimento. Seus elementos são:
Fato:
é o acontecimento; o encadeamento das ações forma o enredo.
Personagens:
são os participantes do acontecimento. Podem ser principais (mais atuantes) ou
secundários
Ambiente ou cenário:
é o lugar onde ocorrem os acontecimentos.
Tempo:
é a localização cronológica do acontecimento. Foco Narrativo (narrador): a
narração pode ser em: 1ª pessoa: narrador-personagem 3ª pessoa:
narrador-onisciente/narrador-observador.
Dissertação:
ato de discorrer sobre um tema. A dissertação divide-se em três partes: Introdução: apresenta a ideia principal a ser
discutida.
Desenvolvimento:
é o desdobramento da ideia central, a exposição dos argumentos.
Conclusão:
retoma ou resume os principais aspectos do texto e confirma a tese inicial.
Tipos
de Discurso
Discurso Direto:
a fala do personagem é, geralmente, acompanhada por um verbo de elocução
(dizer, falar, responder, perguntar, afirmar etc), não havendo conectivo, porém
uma pausa marcada por sinal de pontuação.
Ex.:
A mãe perguntou-lhe atarantada: - Onde você pensa que vai?
Discurso Indireto:
o personagem não fala com suas palavras, é o narrador que reproduz com suas
palavras o discurso do personagem. Os verbos de elocução são núcleos do
predicado da oração principal seguido de oração subordinada.
Ex.:
Ele respondeu que sempre saía sozinho.
Indireto Livre:
é um discurso misto, pois há características do discurso direto e do indireto.
A fala do personagem se insere no discurso do narrador, são perceptíveis
aspectos psicológicos e fluxos do pensamento do personagem.
Ex.:
Naquele dia o rapaz havia se declarado à sua vizinha. Ele já tinha sofrido
muito. Custava à moça acreditar? Não sabia se tinha feito à coisa certa.
COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAL
Estrutura Textual (Ideias Principais de um Texto)
As
ideias, em um texto, devem ser organizadas em ordem de importância, primeiro as
mais importantes ou principais, seguidas daquelas menos relevantes ou
secundárias.
A
coesão textual é a inter-relação,
ligada entre frases, expressões ou palavras. Os elementos de referência textual
entrelaçam as partes do texto, funcionam como elementos de coesão textual. Os
elementos de referência textual podem se dar das seguintes formas: substituição
vocabular e pronominalização.
Ex.:
Notou o problema que seria o alvo da discussão naquele dia.
O
texto deve ter suas ideias bem articuladas, ou seja, os termos da oração, bem
como as palavras devem estar ligadas de modo a formar uma unidade. É este nexo
que toma o texto coeso, bem amarrado. A coerência
só é conseguida a partir da ligação adequada entre as palavras ou ideias,
portanto a coerência é resultado do uso correto dos elementos de coesão.
Coerência
é uma relação de sentido, ou seja, é uma relação harmônica das partes ou ideias
do texto, que formam uma unidade.
São
os recursos vocabulares, sintáticos e semânticos que garantem a coesão textual.
Eles servem para ligar palavras, retomar ideias ou substituir vocábulos já
citados no texto. Os principais elementos
de coesão são: conjunções, preposições, pronomes, advérbios, palavras ou
locuções denotativas.
A
coerência textual é, sem dúvida, obtida pela unidade, isto é, depende de as
ideias estarem concatenadas, de que as relações de dependência estejam bem
estabelecidas com as ideias expostas de forma clara, coerente e objetiva. Como
assinala Othon Garcia, unidade e coerência têm características próprias, mas a
falta de uma resulta na ausência da outra. A coerência depende da ordenação das
ideias no texto, e a unidade, da organização do parágrafo. A coerência é a
"alma" da composição.
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