Morfologia é a parte da gramática que estuda a palavra isolada, sem atender às relações que
ela mantém com as demais palavras da oração, ou seja, considera a função da
palavra em nossa língua, sua significação;
o gênero – masculino ou feminino,
o singular e o plural e a forma
pela qual ela é formada ou se constitui.
Resumindo, a
morfologia:
ü distribui
a palavra em classes, de acordo com o seu significado;
ü estuda
suas flexões e variações que indicam gênero e numero, por exemplo,
ü estuda
sua estrutura e formação.
Estrutura
das palavras
Como o próprio nome
diz, estuda a forma da palavra, como ela é formada. Quando analisamos um
vocábulo qualquer, verificamos que ele é composto por vogais e consoantes.
Esses elementos sonoros, denominados de fonéticos,
são os sons componentes do vocábulo.
Além desses elementos
fonéticos, a palavra é constituída de outros elementos mórficos. São eles: raiz, radical, tema, afixos, desinência, vogal temática,
vogais e consoantes de ligação.
a)
Raiz
É a parte invariável,
irredutível e comum a um grupo de palavras com a mesma estrutura etimológica,
que expressam um sentido semelhante. Vamos utilizar como exemplo a raiz noc (
do latim nocere = prejudicar), que aparece em nocivo, nocente,inocente, inocentar. Todas essas palavras apresentam um fundo comum: o de
prejudicar. Nocivo e nocente significam prejudicial; inocente, que não é
prejudicial ou culpado e inocentar: tornar inocente. Logo, essas palavras
apresentam um mesmo elemento
etimológico, possuem uma raiz comum e
recebem o nome de cognatos.
b)
Radical
É a parte fixa da
palavra, que permanece invariável quando tiramos a desinência. No estudo do
radical, só interessa a palavra que já faz parte do nosso vocabulário, sem
considerar as suas origens.
Para exemplificar,
usaremos a palavra certo. Dela
derivam incerteza, incerto. A raiz de todas elas é cert- (do latim certus). O radical
de incerteza e incerto é incert-, que obtemos tirando a
desinência –o, enquanto o de certo
é cert-, que se identifica com a
raiz. Esse último (cert-) é
irredutível e chamado de radical primário, enquanto o radical de incerteza (incert-), é denominado secundário.
c)
Afixos
São os fonemas que se juntam ao radical da palavra para formar
outras palavras. Existem duas espécies de afixos: os prefixos; quando vem antes do radical, e os sufixos; quando vem depois do radical. Assim, no vocábulo nato,
cujo radical é nat-, formamos inativo: prefixo in+ radical nat + sufixo
–ivo.
d)
Desinência
É o elemento final das
palavras, através do qual ela se flexiona. É a parte variável do vocábulo. A
desinência pode ser nominal; quando
indica as variações de gênero, número e grau, assumidas pelos adjetivos e
substantivos e verbal; quando indica
as flexões de número, pessoa, modo e tempo do verbo.
Observe: menin-o, menin-as, menininh-o, bonit-o, bonit-as (desinências nominais)
And-as, bat-o, corr-em (desinências
verbais)
e)
Vogal
temática
É o elemento colocado
entre o radical e a desinência das formas verbais e serve para caracterizar a
conjugação à qual pertencem. São três:
a
–
na 1ª conjugação: amas, amavas;
e-
na 2ª conjugação: bebes, bebemos;
i
–
na 3ª conjugação: partis, partimos
Tema:
é
o radical acrescido de uma vogal temática e que pode receber desinência, sufixo
ou outro elemento. É utilizado apenas nas formas verbais e é obtido quando
destacamos o r
final do infinitivo dos verbos. Exemplo:cantar
– tema:canta; correr – tema: corre; ouvir – tema: ouvi.
(Imagem extraída de : Martino, Agnaldo. Português esquematizado®: gramática, interpretação de texto, redação oficial,redação discursiva – 3.ed.rev.–São Paulo: Saraiva,2014.–(Coleção esquematizado®))
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