Ambiguidade ou anfibologia é o nome dado, dentro da
linguística na língua portuguesa, à duplicidade de sentidos, onde alguns
termos, expressões, sentenças apresentam mais de uma acepção ou entendimento
possível. Em outras palavras, ocorre quando, por falta de clareza, há
duplicidade de sentido da frase. Apesar de ser um recurso aceitável dentro da
linguagem poética ou literária, deve ser na maioria das vezes,
evitado em construções textuais de caráter técnico, informativo, ou pragmático.
A ambiguidade ocorre quando há duplicidade de sentido em uma frase.
A palavra tem origem no latim “ambiguitas”,
que possui significado similar ao vocábulo no português: incerteza, equívoco.
Ao contrário das figuras de linguagem, que são ferramentas à disposição do usuário da
língua, e que dão realce e beleza às mensagens emitidas, a ambiguidade é
colocada no grupo das espécies de vícios de linguagem. Os vícios de linguagem são palavras ou construções
que vão de encontro às normas gramaticais, e, na maioria das vezes, costumam
ocorrer por descuido, ou ainda por desconhecimento das regras por parte do
emissor. O uso da ambiguidade pode resultar na má interpretação da mensagem,
ocasionando múltiplos sentidos. É importante lembrar que toda comunicação
estabelece uma finalidade, uma intenção para com o interlocutor, e para que
isso ocorra, a mensagem tem de estar clara, precisa e coerente.
A inadequação ou a má colocação de
elementos como pronomes,adjuntos adverbiais,
expressões e mesmo enunciados inteiros podem acarretar duplo sentido,
comprometendo a clareza do texto. Na publicidade observamos o uso e o abuso da
linguagem plurissignificante, por meio dos trocadilhos e jogos de palavras,
procurando chamar a atenção do interlocutor para a mensagem. Caso o autor não se julgue preparado para
utilizar corretamente a ambiguidade, é preferível uma linguagem mais objetiva,
com vocábulos ou e
expressões que sejam mais adequadas às
finalidades requeridas.
Os tipos comuns de ambiguidade, como vício de linguagem são:
Uso indevido de pronomes
possessivos
A mãe pediu à filha que arrumasse o
seu quarto.
Qual quarto? o da mãe ou da filha? Para
evitar ambiguidade:
A mãe pediu à filha que arrumasse o
próprio quarto.
Outro exemplo:
Vi o João andando com seu carro.
O carro em questão pode ser do próprio
João, ou da pessoa a quem a mensagem foi dirigida.
Vi o João andando com o carro dele.
Colocação inadequada das palavras
A criança feliz foi ao parque.
A criança ficou feliz ao chegar no
parque, ou estava assim antes?
Feliz, a criança foi ao parque.
Uso de forma indistinta entre o
pronome relativo e a conjunção integrante
A estudante falou com o garoto que
estudava enfermagem.
Quem estuda enfermagem, a estudante ou
o garoto?
A estudante de enfermagem falou com o
garoto;
Ou
A estudante falou com o garoto do curso de enfermagem;
Uso indevido de formas nominais
A moça reconheceu a amiga
frequentando a academia.
Quem estava na academia? a moça ou a
amiga?
A moça reconheceu a amiga que estava
frequentando a academia.
Ou A moça, na academia, reconheceu a
amiga.
Bibliografia:
DUARTE, Vânia Maria do Nascimento. Ambiguidade. Disponível em: < http://www.portugues.com.br/redacao/ambiguidade.html >.
DUARTE, Vânia Maria do Nascimento. Ambiguidade. Disponível em: < http://www.portugues.com.br/redacao/ambiguidade.html >.
GUIMARÃES, Nilma. Ambiguidade:
Evite-a para fazer uma boa redação. Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/ambiguidade-evite-a-para-fazer-uma-boa-redacao.htm >
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