sábado, 15 de agosto de 2015

Morfologia - Estrutura e formação das palavras

Morfologia é a parte da gramática que estuda a palavra isolada, sem atender às relações que ela mantém com as demais palavras da oração, ou seja, considera a função da palavra em nossa língua, sua significação;  o gênero – masculino ou feminino,  o singular e o plural  e a forma pela qual ela é formada ou se constitui.
Resumindo, a morfologia:
ü  distribui a palavra em classes, de acordo com o seu significado;
ü  estuda suas flexões e variações que indicam gênero e numero, por exemplo,
ü  estuda sua estrutura e formação.

Estrutura das palavras

Como o próprio nome diz, estuda a forma da palavra, como ela é formada. Quando analisamos um vocábulo qualquer, verificamos que ele é composto por vogais e consoantes. Esses elementos sonoros, denominados de fonéticos, são os sons componentes do vocábulo.
Além desses elementos fonéticos, a palavra é constituída de outros elementos mórficos. São eles: raiz, radical, tema, afixos, desinência, vogal temática, vogais e consoantes de ligação.

a)      Raiz
É a parte invariável, irredutível e comum a um grupo de palavras com a mesma estrutura etimológica, que expressam um sentido semelhante. Vamos utilizar como exemplo a raiz noc ( do latim nocere = prejudicar), que aparece em nocivo, nocente,inocente, inocentar. Todas essas palavras apresentam um fundo comum: o de prejudicar. Nocivo e nocente significam prejudicial; inocente, que não é prejudicial ou culpado e inocentar: tornar inocente. Logo, essas palavras apresentam um mesmo  elemento etimológico, possuem uma raiz comum e  recebem o nome de cognatos.

b)     Radical
É a parte fixa da palavra, que permanece invariável quando tiramos a desinência. No estudo do radical, só interessa a palavra que já faz parte do nosso vocabulário, sem considerar as suas origens.
Para exemplificar, usaremos a palavra certo. Dela derivam incerteza, incerto. A raiz de todas elas  é cert- (do latim certus). O radical de incerteza e incerto é incert-, que obtemos tirando a desinência –o, enquanto o de certo é cert-, que se identifica com a raiz. Esse último (cert-) é irredutível e chamado de radical primário, enquanto o radical de incerteza (incert-), é denominado secundário.

c)      Afixos
      São os fonemas que se juntam ao radical da palavra para formar outras palavras. Existem duas espécies de afixos: os prefixos; quando vem antes do radical, e os sufixos; quando vem depois do radical. Assim, no vocábulo nato, cujo radical é nat-, formamos inativo: prefixo in+ radical nat + sufixo –ivo.

d)     Desinência
É o elemento final das palavras, através do qual ela se flexiona. É a parte variável do vocábulo. A desinência pode ser nominal; quando indica as variações de gênero, número e grau, assumidas pelos adjetivos e substantivos e verbal; quando indica as flexões de número, pessoa, modo e tempo do verbo.
Observe: menin-o, menin-as, menininh-o, bonit-o, bonit-as (desinências nominais)
               And-as, bat-o, corr-em (desinências verbais)

e)      Vogal temática
É o elemento colocado entre o radical e a desinência das formas verbais e serve para caracterizar a conjugação à qual pertencem. São três:
a – na 1ª conjugação: amas, amavas;
e- na 2ª conjugação: bebes, bebemos;
i – na 3ª conjugação: partis, partimos


Tema: é o radical acrescido de uma vogal temática e que pode receber desinência, sufixo ou outro elemento. É utilizado apenas nas formas verbais e é obtido quando destacamos  o  r final do infinitivo dos verbos. Exemplo:cantar – tema:canta; correr – tema: corre; ouvir – tema: ouvi.

(Imagem extraída de : Martino, Agnaldo. Português esquematizado®: gramática, interpretação de texto, redação oficial,redação discursiva – 3.ed.rev.–São Paulo: Saraiva,2014.–(Coleção esquematizado®))


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